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Povoado Serra do Alves

O povoado da Serra dos Alves surgiu, por volta de 1850, com a exploração do ouro e do cristal, na vertente leste do Macuco do Espinhaço. Hoje, essa região pertence à Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, no limite do Parque Nacional da Serra do Cipó, divisor de águas das bacias hidrográficas do São Francisco e Rio Doce.

Mantendo o costume típico mineiro, hábitos simples e modo de vida tranqüilo - herança dos primeiros moradores (“Os Alves”, que deram nome ao local)- o povoado é testemunha da história mineira, com raízes históricas e exuberantes paisagens.

No povoado ressalta-se o grande adro da capela São José, com características coloniais do século XIX, e as casas em mesmo estilo e alinhamento, todas tombadas pelo COMPHAI (Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Itabira).

Nas festas religiosas destacam-se a homenagem a São José, a Senhora do Rosário e a Festa do Divino, todas acompanhadas pela banda de Marujos Senhora do Rosário, com mais de 100 anos de existência, sendo a primeira de Itabira.
 
Fonte: Viva Itabira


Distrito de Ipoema

Situado na zona rural de Itabira, o distrito de Ipoema foi fundado no dia 13 de abril de 1893. Segundo o relato de João de Oliveira (ex-padre da região), no cartório de Ipoema encontra-se um livro de notas, do ano de 1892, contendo a Escritura de Compra e Venda entre as partes: Ernesto Afonso Guerra, Carlos Afonso Guerra, Augusto Afonso Guerra e José Afonso Guerra (outorgantes) e uma comissão composta por José Dionísio da Costa Lage, Neca Pena e Domingos de Araújo (outorgados). No referido documento há diversas cláusulas que responsabilizavam a comissão de fundar um arraial no lugar denominado Padre João ou Pouso Alegre (atual distrito de Ipoema), no distrito de Senhora do Carmo. Caso isso não acontecesse, no prazo de 3 anos os terrenos voltariam a pertencer a família Guerra. Conforme tradição oral, esse documento de compra e venda foi mera formalidade, a fim de evitar que a verdadeira doação não caísse em mãos da igreja católica, dificultando assim, o crescimento do povoado.

No livro do Tombo, pertencente a paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Ipoema, há um registro do padre Pedro Paulo Pessoa, escrito no ano de 1970, quando recebeu a paróquia do então padre, João de Oliveira. Consta que o nome primitivo do distrito era Santo Afonso da Aliança, em homenagem a família Afonso, que teria concedido as terras onde foi erguida a primeira capela. Os primeiros moradores, segundo fontes locais, foram: Antônio Mendes e sua esposa dona Ana Vaz de Jesus, proprietários da extinta Fazenda Pouso Alegre, e seus filhos João Afonso Mendes, que ordenou-se padre, Mariana Vaz de Jesus e Catarina Vaz de Jesus.

No governo de Getúlio Vargas, o vilarejo de Santo Afonso da Aliança passou a chamar-se Ipoema.

Existe referência sobre a paróquia de Ipoema no livro do Tombo da igreja de Nossa Senhora do Carmo (1923/1937), distrito de mesmo nome, onde consta a data de construção iniciada no ano de 1915, pelo padre Santos Saez Acha, e concluída no ano de 1934.

No mapa da região “Corredor Minas-RJ”, extraído do livro do Tombo da igreja de Nossa Senhora do Carmo, que se encontra no Biblioteca Pública do Estado de Minas Gerais, os distritos de Senhora do Carmo e Ipoema eram conhecidos como entrepostos comerciais e faziam parte de uma espécie de corredor de escoamento de produtos agrícolas do norte de Minas para o Rio de Janeiro (antiga capital federal). O trajeto compreendia o arraial do Tijuco (hoje Diamantina), Vila do Príncipe (Serro), Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Senhora do Carmo, Ipoema, Caeté, Sabará, Ouro Preto e Rio de Janeiro.
Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Minas Gerais (IPAC)

Fonte: Viva Itabira